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A INTEL E A REALIDADE MESCLADA


"Estamos caminhando rapidamente para um mundo onde a barreira entre o digital e o físico está sumindo, se misturando de novas e empolgantes maneiras", cravou o CEO da Intel, Brian Krzanich, em artigo originalmente publicado no Medium e traduzido pelo CIO na semana passada. 

No texto, o executivo de uma das maiores empresas de tecnologia de mundo reveleva os esforços empreendidos pela companhia, distribuídos em suas soluções, no tocante à chamada realidade mesclada (merged reality, em inglês). 

Em resumo, o conceito é uma mistura da realidade virtual com a realidade aumentada, que, nas palavras de Krzanich, possibilita aos usuários "uma nova maneira de experimentar interações e ambientes físicos e virtuais por meio de um conjunto de tecnologias de digitalização e sensores de próxima geração", fornecendo "experiências do mundo real de forma mais dinâmica e natural do que nunca". 

Da teoria para a prática: Project Alloy


No mesmo dia em que foi publicado o artigo do CEO da Intel, a empresa apresentou ao mundo - durante uma conferência para desensolvedores em São Francisco (EUA) - o Project Alloy, seu headset de realidade virtual que funciona sem computador ou smartphone agregados e busca materializar o conceito de realidade misturada. 

Para isso, o gadget, que ainda não tem data nem previsão de lançamento, conta com uma câmera tanto para o mapeamento de ambientes quanto para a detecção de pessoas - ou partes do corpo, como dedos. 

Interessante também que, como se trata de um projeto de código aberto (open source), que funcionará por meio de APIs, interessados ao redor munndo poderão contribuir com ele. 

Ainda em matéria de software, o headset do Project Alloy irá rodar a plataforma Windows Holographic, da Microsoft, cujos recursos de realidade misturada serão contemplados pelos futuros computadores com processador Intel. Logo, todos os headsets de realidade virtual compatíveis poderão usufruir dos aplicativos 2D e 3D do Windows 10. 

O CEO da Intel ilustra a experiência com o produto

"Planeje a sua visita virtual à Capela Sistina sem nunca sair do escritório. Levante-se da sua mesa e confidencialmente envolva-se no esplendor digitalizado de Michelangelo – olhando para cima para ter uma visão melhor – sem tropeçar na mesa de conferência na sua frente. Em outras palavras, aprecie os espaços virtuais, sem tropeçar no mundo real". 

Ou então, completa Brian Krzanic: "Pegue a sua raquete de tênis do mundo real, em sua sala de estar, e entre virtualmente na quadra de Wimbledon. E para isso, esqueça o custo de instalar sensores de primeira linha em cada canto da sala, normalmente necessários para digitalizar o seu ambiente. Ao invés disso, apenas comece a praticar o seu movimento de backhand – levando tanto a sua mão, quanto a sua raquete, para o campo virtual. Desfrute de liberdade total no seu movimento e faça a sua jogada virtual, sem bater na mesa de centro do mundo real, a apenas alguns metros de distância". 

Sim, a realidade mesclada promete. E muito!



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